sábado, 1 de agosto de 2015

PIPO


Resolvi não escrever sobre a minha visita a Luanda, mas sobre um gato que lá conheci e que adotou o Tó... O Pipo tem lhe feito companhia, além de ser um desafio manter este gato vivo e bem tratado.  Parabéns ao meu marido.

Isto é só uma vontade, escrever sobre este bichinho estilo uma pequena crónica, escrita pelo próprio Pipo... é um exercício...  vamos ver...


Já estou aqui nesta obra
Desde que ela começou.
Tinha mato, bichos e cobra,
Mas muito disto acabou.

Não que eu reclame,
Pois minha vida está resumida
A ter uma gata que me ame
E peão para me dar comida.

Somos poucos por aqui;
Muitos fugiram da construção.
Fiquei eu, o velho Jô e a Fifi,
Mas ainda há competição...

E eu armo grandes barracas
Quando aparece qualquer vadio
E também umas outras gatas
Querendo bagunçar nosso trio.

Estávamos bem nós os três,
No entanto foi chegando gente,
Que atraiu muita tresmalhada rês...
E eu impus-me na unha e dente.

O Jô está fraco e reformado
E sou eu que tenho que defender
A Fifi, pois sou o seu namorado;
O mais fixo, quero dizer...

Eu tenho que ser compreensivo
Se eu vou visitar outras gatas,
Pois sou um gato muito afetivo,
Não vou me meter em bravatas.

Só saio no grito e arranhadela
Quando estou de mau humor
Ou está em causa uma "ela",
De resto, sou só paz e amor.

Já vou falar dos humanos
Que apareceram por cá...
Uns são parvos, outros bacanos,
Mas isso por todo o lado os há...













 

1 comentário:

cristinarino disse...

Adorei esta tua ideia Ana! fico comovida com este amor que o Tó dedica ao Pipo e a forma como o Pipo retribui esse amor.
Sabes que amo e defendo os animais e histórias como esta comovem-me muito.
O teu marido é um ser humano incomparável e tu acompanhas...
Beijo grande amiga. Não conheço o teu marido, mas envio-lhe um fraterno abraço e um obrigada pela sua dedicação a um animal tão especial.
Lindos, é o que vocês são!!!
Cristina