domingo, 9 de agosto de 2015

Angolanas

Já faz mais de ano
Que conheci outro italiano
que era amigo de filipinos
e também de alguns chinos...




Foram estes que fizeram
A casa que me deram
E o banco que vemos aqui,
Acho que me queriam por ali.

Mas este italiano era doidão
E arrumava confusão...
Foi nessa altura que notei
O tal portuga de que falei.

Ele era mais confiável
Um humano muito amável
Que me tratava das feridas
Resultantes das minha brigas...

Até hoje ele é paciente,
Esteja eu bom ou doente,
Aquece minha comidinha 
E me faz muita festinha.

Tira-me qualquer carraça,
E me diz sempre uma graça.
Aliás fala muito comigo,
Algo que não faz sentido,

Pois não consigo lhe responder
Embora eu possa tudo entender
Pois é a língua dos angolanos,
Gostam de cães, não bichanos.

As mulheres da limpeza
Me enxotam, é uma beleza...
Com vassouras vêm armadas
São mesmo umas malvadas.







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