sábado, 15 de agosto de 2015

Protetor de Africanos

Ferido, sujo e só,
De mim não tinham dó,
Especialmente os cães
Que são uns filhos das mães!

A pata esquerda e a direita,
Cada ficou quase desfeita
Nos dentes dos miseráveis
E os gatos não são mais amáveis.

Tenho que lutar pela Fifi,
Vida assim nunca vi,
Nunca estava sossegado
A olhar para todo o lado.

Mas eis que apareceu
Alguém que me recolheu,
Passou creme nas feridas,
Divide as suas comidas.


Me deixa deitar no sofá,
Melhor que ele não há.
Acho que lhe devo a vida,
Minha prece foi atendida.

Pois só precisava arranjar
Um lugar para recuperar,
Mas ele me deu muito mais
É como se tivesse dois pais.

Ao mata-bicho estou com ele
E dormito no sofá de pele,
Quando vem p'ró quarto depois,
Ele trata os meus do-dóis.

Como e faço outra soneca
Em companhia do Toneca.
Quando ele se vai deitar,
Então eu vou vadiar...

Às vezes tenho uns encontros
Com gatos que são broncos,
Mas tento é não me cruzar
Com cães que me querem matar...

E para me proteger
Vou lá para perto esconder
E durmo mais um bocadito
À espera do pequeno-almocito.

Não é só a blusa que veste
Mas em África ele investe
Protege sempre os locais,
Sorte eu ser um dos tais...






Sem comentários: